“Prévia da inflação”: IPCA-15 desacelera a 0,64% em março, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou a 0,64% em março, após ter avançado 1,23% em janeiro, informou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agentes de mercado esperava avanço em torno de 0,7%. Nos 12 meses até março, o índice passou a subir 5,26%, de 4,96% no mês anterior, marcando a taxa mais elevada desde os 5,36% registrados em março de 2023.

Com isso, vai ainda mais além da meta oficial –3,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Os resultados, no entanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de alta mensal de 0,70% e de 5,30% em 12 meses.

A inflação no Brasil havia sido pressionada em fevereiro pelo aumento sazonal de educação e pela alta da energia elétrica devido ao fim da incorporação do bônus de Itaipu que havia concedido descontos em faturas no mês de janeiro.

Passados os efeitos desses fatores, a maior pressão no IPCA-15 de março foi exercida pelo grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,09%.

O avanço dos custos de alimentação no domicílio acelerou a 1,25% em março, de 0,63% em fevereiro. Com os preços dos alimentos gerando preocupação para o governo, os consumidores sentiram no bolso principalmente as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).

Recentemente, tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantaram preocupação com o aumento dos preços do ovo, com a inflação dos alimentos sendo apontada como uma das causas da queda recente de popularidade de Lula.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos frescos e processados, aumentaram 57,5% em fevereiro diante da maior demanda dos Estados Unidos.

Também exerceu forte influência no resultado do IPCA-15 de março a alta de 0,92% do grupo Transportes. Juntos, Transportes e Alimentação responderam por cerca de dois terços do resultado geral do índice.

Fonte: CNN

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