A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) realizaram na manhã desta quinta-feira (5/6) a operação Firenze, que investiga irregularidades em licitações e contratos administrativos para prestação de serviço terceirizados em Pernambuco, e mira empresas que, entre 2021 e 2024, receberam mais de R$ 880 milhões de entes públicos do estado.
Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de quebra de sigilo bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas investigadas no caso.
As diligências foram realizadas em Jaboatão dos Guararapes (PE), Recife (PE), Timbaúba (PE) e São Paulo (SP), contando com a participação de 95 policiais federais e 6 auditores da CGU.
Também foram autorizadas medidas cautelares de proibição de atuação conjunta dos investigados em procedimentos licitatórios em Pernambuco, assim como de proibição de contato entre investigados e testemunhas.
Além de irregularidades nas licitações e contratos, a operação também investiga os crimes de lavagem de capitais e organização criminosa.
As apurações começaram a partir de uma denúncia que indicava a contratação irregular de empresa terceirizada na cidade de Timbaúba, que foram confirmadas após diligências de órgãos parceiros na apuração.
“Diligências de órgãos parceiros na investigação confirmaram os fatos denunciados, inclusive com relação à suposta fraude ao caráter competitivo de dispensa de licitação, que contou com participação exclusiva de empresas do grupo comercial investigado”, diz nota da CGU.
A investigação também apontou para a alocação de pessoas interpostas no comando das empresas do grupo e a realização de operações financeiras com “características de lavagem de capitais”.
Segundo a CGU, entre 2021 e 2024, tais empresas receberam pagamentos de entes públicos de Pernambuco superiores a R$ 880 milhões, sendo que mais de R$ 214 milhões foram custeados com recursos federais.
Especificamente em relação às contratações investigadas em Timbaúba, o montante pago no mesmo período chegou aos R$ 39 milhões, dos quais ao menos R$ 10 milhões vieram dos cofres da União.
Fonte: Metrópoles