O empreendedor manauara Jadson Maciel encontrou uma forma de unir impacto socioambiental e lucratividade. À frente de dois negócios conectados aos rios da região, ele fatura cerca de R$ 12 mil por mês com atividades que vão do aluguel de pranchas à coleta de plásticos nos rios com tecnologia própria.
A primeira iniciativa surgiu ao identificar uma oportunidade no segmento de lazer e esporte. “Só tinha uma pessoa desenvolvendo stand-up paddle em Manaus. Imagina, quase 2 milhões de habitantes, só uma pessoa. Eu vi uma oportunidade”, conta. Decidido a investir, Maciel pediu demissão e utilizou a rescisão de R$ 120 mil para comprar pranchas, equipamentos e estruturar o Flutuante Sup Amazonas, uma casa flutuante voltada a aluguel e prática do esporte.
A vivência constante nos rios, no entanto, evidenciou outro desafio: a poluição. Foi esse incômodo que motivou o segundo empreendimento de Jadson, a Awty, uma startup voltada à limpeza dos rios por meio de embarcações tecnológicas. Com um aporte de R$ 2 milhões de um investidor, ele deu início à operação.
As embarcações da Awty têm nomes e formatos inspirados nas lendas amazônicas. Um dos modelos se chama Mapinguari, criatura mítica cuja boca fica na barriga e que serviu de referência para o design da embarcação.
Segundo o empreendedor, o negócio mostra que os resíduos retirados das águas não são lixo, mas matéria-prima.
O material passa por um processo de limpeza e secagem em uma usina própria . Uma das principais clientes é uma empresa local de sacolas plásticas. “É a única aqui do estado que tem esse viés de envolver todo o ecossistema”, diz Jadson.
Fonte: PEGN