
Mísseis foram vistos no céu de Jerusalém ontem. O contra-ataque iraniano aconteceu após Israel atingir um campo de exploração de gás natural no Golfo da Pérsia, entre o Irã e a Península Arábica.
Israel e Irã começaram uma nova rodada de bombardeios. O novo ataque iraniano atingiu edifícios residenciais na planície costeira e no norte de Israel, conforme informações do serviço de resgate israelense, obtidas pela AFP. Um outro ataque atingiu estações de abastecimento para caças israelenses.
Mísseis furaram o domo de ferro, um dos principais sistemas de defesa de Israel. Segundo a professora de Relações Internacionais da FESPSP (Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Ana Carolina Marson, Netanyahu tenta contornar a situação e as pessoas já foram liberadas para voltar a circular em Jerusalém. “O ataque é um revide do Irã, outros devem ocorrer”, disse a especialista, ao UOL. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está se reunindo com seu gabinete de segurança após os ataques.
Bat Yam, no distrito de Tel Aviv, foi bombardeada. Mísseis iranianos atingiram a cidade, que pertence à região metropolitana de Gush Dan, a 15 km de Tel Aviv e um prédio com oito andares foi diretamente atingido.
No Irã, instalações de combustíveis foram atingidas. Segundo a CNN, o maior campo de gás natural do mundo, localizado em South Pars e o depósito de petróleo de Shahran, foram bombardeados por Israel após a troca de mísseis de sexta-feira, como havia prometido Netanyahu. “O Irã afirmou que a situação está sob controle”, explicou Marson ao UOL. “É interessante acompanhar isso, principalmente porque o Irã é um grande exportador de petróleo e membro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).”
Israel está bombardeando a capital, Teerã. Ao mesmo tempo que tenta interceptar os mísseis lançados pelo Irã, o país liderado por Benjamin Netanyahu continua tentando bombardear alvos militares em Teerã. Um comunicado militar foi emitido informando que os lançamentos de mísseis continuarão.
Irã e Israel começaram uma “greve comercial” enquanto o conflito continua. Desde sexta-feira, a escalada dos ataques origina temores no mercado financeiro, e já se reflete no aumento de preço do petróleo. Segundo Marson, a previsão é de comprometimento do fornecimento de combustíveis globalmente.
Fonte: UOL