A mineira Rosana Agreli, mãe de Melissa Campos, adolescente de 14 anos assassinada em sala de aula por um colega de classe, fez uma série de publicações nas redes sociais sobre a morte da filha. O caso aconteceu na última quinta-feira, em Uberaba (MG). Desde então, dois adolescentes foram apreendidos por envolvimento no crime.
“Hoje foi o acordar mais difícil de toda a minha vida. Abrir os olhos e encarar a realidade me trouxe uma dor lancinante, indescritível. Nós três choramos juntos, gritamos, expressamos essa nossa tristeza que parece não ter fim. Minha menina, tão linda, tão doce, tão amada… minha amorinha, era como eu a chamava”, escreveu Rosana, no Instagram, neste sábado.
“Na quarta-feira, tivemos o nosso carro furtado. Parecia algo tão grave no momento… Hoje não tem o menor peso diante da tragédia que vivemos”, continuou.
Em outra publicação, desta vez feita no domingo, data na qual se comemorou o Dia das Mães, Rosana Agreli escreveu: “Não a verei terminar a escola, se formar, se casar. Não verei seu rosto de mulher adulta. Não viveremos tantas coisas que planejamos, que poderiam ser, mas não serão”.
“Por mais doída que seja a minha perda, por mais que minhas lágrimas não cessem, que a saudade me quebre e que a profunda tristeza me lance no chão, eu não posso negar a soberania do meu Deus”, concluiu.
Entre quinta e sexta-feira, dois adolescentes de 14 anos foram apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais por participação no assassinato da estudante.
Segundo uma nota divulgada pelo Colégio Livre Aprender, um aluno do 9º ano feriu uma colega com uma tesoura durante a aula e fugiu em seguida. Um professor chegou a prestar primeiros socorros, mas a jovem não resistiu aos ferimentos e morreu. A escola disse que vai oferecer apoio psicológico aos estudantes.
A Polícia Civil apreendeu em flagrante um adolescente de 14 anos pelo ato infracinal análogo ao crime de homicídio. Ele prestou depoimento aos policiais na presença do representante legal. Uma segunda apreensão de adolescente aconteceu na sexta-feira. Ambos foram apresentados ao Judiciário e ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis. Ainda segundo a polícia, documentos que podem contribuir para o andamento da investigação foram recolhidos.
“A investigação prossegue para completa elucidação do caso e,conforme preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente, o procedimento tramita sob sigilo, por isso, não serão concedidas entrevistas”, diz a Polícia Civil de Minas Gerais, em nota.
Fonte: O Globo