Governo federal anuncia campanha de vacinação nas escolas públicas

Escolas públicas de todo o Brasil estarão engajadas na vacinação de estudantes nas próximas semanas, entre os dias 14 e 25 de abril. Parte do programa Saúde na Escola (PSE), a iniciativa dos ministérios da Saúde e da Educação é aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes de até 15 anos de idade.

A ação, que contará com a participação de 5.544 municípios, pretende vacinar 27,8 milhões de estudantes em 109,8 mil escolas, o que representa 80% de toda a rede pública de ensino.

“A escola representa uma grande oportunidade para vacinarmos esse público. Estamos falando de uma faixa etária que, muitas vezes, frequenta menos as unidades básicas de saúde. Não é tão comum que pais ou responsáveis os levem até lá”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em material divulgado pelo governo federal.

O objetivo da campanha é vacinar 90% desses estudantes. Serão aplicadas, de acordo com a faixa etária de cada estudante, doses das vacinas contra febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV.

Com apoio de profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde), os alunos serão vacinados diretamente nas escolas ou encaminhados e acompanhados pela instituição até uma UBS (Unidade Básica de Saúde), sempre com a autorização dos pais ou responsáveis.

Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV sobre a campanha, realizado nesta sexta-feira (10), o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que serão vacinados 30 milhões de estudantes em cerca de 110 mil escolas. Já Padilha disse que as doses ofertadas no Brasil “são seguras” e “salvam vidas”.

Além da aplicação das vacinas, haverá uma verificação das cadernetas de vacinação com o objetivo de informar e alertar as famílias sobre a necessidade de atualizar o esquema vacinal dos estudantes.

O Ministério da Saúde investiu R$ 150 milhões para apoiar a iniciativa, sendo R$ 15,9 milhões para os estados e R$ 134 milhões para os municípios. A partir deste ano, a vacinação no ambiente escolar passa a ser oficialmente reconhecida como uma estratégia específica de imunização, diz a pasta.

As doses aplicadas nas escolas ou por encaminhamento das instituições devem ser registradas com a opção “Vacinação Escolar”, o que permitirá um monitoramento mais preciso do impacto da iniciativa. Desde 2022, 4,3 milhões de estudantes passaram a ter acesso a ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, segundo o Ministério da Saúde.

Das 109,8 mil escolas participantes, 53,6 mil atendem majoritariamente alunos do Bolsa Família; 2.220 estão localizadas em territórios quilombolas, e 1.782 contam com a presença de estudantes indígenas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Casal é preso suspeito de morte de filho de 2 anos na Zona Norte do Rio

Um casal foi preso por policiais civis da 19ª DP (Tijuca) neste sábado (12) suspeito da morte do próprio filho de 2 anos em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Elaine de Sousa Alves, de 41 anos, e Rafael Alves Gonçalves, de 40, respondem por maus-tratos e homicídio. Eles foram encontrados em Benfica e Tomás Coelho.

O menino Heitor de Souza Alves Gonçalves deu entrada na Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, já morto na quarta-feira (9). Equipes da 19ª DP (Tijuca) foram acionadas por funcionários do hospital.

Cinco pessoas foram levadas para a delegacia para prestar esclarecimentos: o casal, o avô materno, uma cuidadora e a pessoa que socorreu a criança.

Após as oitivas, o delegado entendeu que houve maus-tratos por parte do casal e solicitou a prisão à Justiça, que acatou o pedido e expediu um mandado de prisão temporária. A investigação aponta que os pais agrediram o menino.

O casal já tinha uma medida de afastamento da criança por conta de uma investigação de tentativa de homicídio contra ele, mas o avô materno confessou que não cumpria a ordem judicial e entregava diariamente o menino para os pais.

Já a cuidadora disse que Heitor e o irmão gêmeo foram levados pelo pai até a casa onde a mulher mora e que Rafael relatou que o bebê estava vomitando e com hematomas na cabeça. Segundo a mulher, durante o dia o menino piorou e desmaiou.

O corpo do bebê permanece no Instituto Médico Legal, no Centro do Rio, e nenhum familiar tinha aparecido até então para fazer a liberação para o enterro.

Fonte G1

Mulher desenvolve doença após estudo e laboratório deverá pagar R$ 300 mil

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) confirmou a condenação de um laboratório após uma paciente desenvolver uma doença dermatológica rara e incapacitante que participou de uma pesquisa clínica. A mulher será indenizada em R$ 300 mil, além de uma pensão vitalícia de cinco salários mínimos.

Mulher sentiu os primeiros sintomas dez dias após receber a segunda rodada de aplicação do medicamento drospirenona com etinilestradiol. A fórmula é amplamente utilizada em anticoncepcionais orais, e o laboratório fazia estudos de biodisponibilidade e eficácia de um medicamento similar.

O TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) reconheceu, em primeira instância, que a doença da mulher foi causada pelo uso do medicamento. O laboratório recorreu ao STJ, alegando que o tribunal goiano errou ao exigir que a empresa provasse que não causou o problema -algo impossível, segundo a defesa.

Laboratório também afirmou que manter o valor da indenização representaria enriquecimento ilícito. Eles argumentaram que a vítima recebia menos de um salário mínimo antes do estudo.

O STJ negou o recurso do laboratório. A relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, citou uma norma da Anvisa que afirma que o patrocinador da pesquisa deve pagar todos os custos relacionados a problemas de saúde causados pelo estudo, como exames, internações e tratamentos. Também citou uma resolução do Conselho Nacional de Saúde que prevê o direito à indenização em caso de danos à saúde do participante de estudos clínicos.

Sobre o valor da pensão, a ministra afirmou que o valor é necessário para cobrir os tratamentos médicos exigidos pela doença. Portanto, não se configura enriquecimento. A Terceira Turma do STJ confirmou a decisão do TJGO e o laboratório deverá indenizar a paciente em R$ 300 mil, além de pagar pensão vitalícia de cinco salários mínimos. A decisão cabe recurso.

Fonte: Notícias ao Minuto

MTE lança cursos profissionalizantes para quem não tem o ensino básico

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou nesta quinta-feira (10) um programa para oferecer inicialmente 25 mil vagas gratuitas em cursos profissionalizantes na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) em todo o país. Os cursos são para jovens entre 18 e 29 anos que precisaram abandonar a escola e não concluíram a educação básica: ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) e/ou ensino médio (1ª a 3ª série).

Cerca de 10 milhões de jovens estão aptos a participar do programa. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o objetivo é aliar a elevação da escolaridade com a qualificação profissional, atendendo a demandas do setor industrial.

“Entre muitos desafios, temos o desafio de qualificar melhor o nosso mercado de trabalho. Então é preparar para o ensino médio, para o ensino profissionalizante, para a universidade e preparar o mercado de trabalho para melhor remunerar os trabalhadores e trabalhadoras, porque há uma faixa, uma camada muito mal remunerada”, disse Marinho durante o lançamento do programa na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.

Realizada em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a iniciativa foi batizada como SEJA PRO+, e tem como slogan “Trabalho e Emprego”. O investimento previsto é R$ 200 milhões.

Pelas regras do programa, os cursos de formação e qualificação serão voltados para áreas que demandam mão de obra nas indústrias das localidades dessas pessoas e abordarão noções básicas de direitos dos trabalhadores.

De acordo com o Sesi, as inscrições começarão ainda este mês. Os interessados em acessar os cursos devem procurar a unidade do Sesi mais próxima ou acessar o portal do Sesi da Bahia.

Ao final do curso, uma lista com o nome dos alunos concluintes será encaminhada ao ministério, que repassará às agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine), para inserir esses trabalhadores no mercado de trabalho.

Fonte: Agência Brasil

Mulher que bateu recorde ao viver 130 dias com rim de porco remove órgão após falha

Towana Looney, uma avó de 53 anos do Alabama, nos Estados Unidos, tornou-se a pessoa a viver mais tempo com um transplante de rim de porco na história depois de passar 130 dias com o órgão geneticamente modificado.

Apesar do recorde, complicações inesperadas levaram a mulher a ter que remover o rim em 4 de março, segundo a emissora norte-americana CNN e a revista Science.

Looney, que doou um rim à mãe em 1999 e perdeu a função do rim restante devido a complicações de uma gravidez, passou nove anos dependente de diálise. Em 25 de novembro de 2024, ela recebeu o transplante experimental no Instituto de Transplantes Langone da NYU (Universidade de Nova York).

O rim, desenvolvido pela United Therapeutics, continha dez edições genéticas para reduzir o risco de rejeição e foi o primeiro do tipo usado em uma pessoa viva, de acordo com a empresa.

A cirurgia foi um marco. Looney deixou o hospital 11 dias após o procedimento. “Pela primeira vez desde 2016, aproveitei o tempo com amigos e familiares sem planejar tratamentos”, disse ela em comunicado.

No final de março, porém, a mulher começou a sentir desconforto ao urinar, e exames revelaram níveis elevados de creatinina, indicando falha renal. Internada, ela foi diagnosticada com rejeição aguda, possivelmente desencadeada por uma redução nos medicamentos imunossupressores usados para tratar uma infecção não relacionada ao rim, segundo Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante da NYU.

Após discussões, a equipe médica e Looney optaram por remover o rim, priorizando sua segurança e preservando a possibilidade de futuros transplantes. “A beleza do xenotransplante com o rim é que temos um salva-vidas”, disse Montgomery à CNN, acrescentando que Looney voltou à diálise e está se recuperando bem.

Nos EUA, mais de 90 mil pessoas aguardam um transplante de rim, e cerca de 13 morrem diariamente na espera, segundo a Rede de Aquisição de Órgãos e Transplante do país.

A diálise, embora útil, oferece apenas 10% a 15% da função de um rim saudável, e metade dos pacientes não sobrevive cinco anos após iniciá-la.

Fonte: R7