Landelino Rodrigues de Costa Filho, ex-funcionário do Pe. Airton Freire acusado de estupro de vulnerável, teve liberdade concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio da 2ª Turma da 1ª Câmara Regional de Caruaru. O órgão judicial atendeu a um habeas corpus impetrado pela defesa de Rodrigues. Ele é acusado de abusar sexualmente de uma seguidora do padre, que também foi denunciado e se encontra em prisão domiciliar.
Preso preventivamente desde 27 de julho de 2023, Landelino trabalhava como técnico audiovisual na Fundação Terra, fundada pelo padre em Arcoverde. No cargo, era responsável por filmar as missas e eventos da instituição.
Os advogados de Landelino alegaram no habeas corpus que o cliente estava preso de forma preventiva por cerca de 590 dias. Disseram, ainda, que a prisão foi decretada com fundamento na garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, mas tais requisitos já não têm prevalência, devido à fase avançada da instrução criminal.
Também salientam que Landelino é réu primário, tem um filho menor de 2 anos que depende dele e desenvolveu depressão no cárcere. Além disso, afirmam que a única prova existente seria o depoimento da vítima, que consideram contraditório e desconexo.
Denúncia do MPPE
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), formalizou denúncia contra Airton e seu ex-funcionário pela prática de conjunção carnal e outros atos libidinosos de forma forçada contra uma mulher. Conforme o documento, o crime ocorreu em outubro de 2020 na Fazenda Malhada, em Buíque.
De acordo com o MPPE, o padre ordenou que Landelino tirasse a blusa da vítima e ele obedeceu, colocando-a sobre a cama e retirando suas vestes. Em seguida aconteceu o abuso, detalhado na denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça. O ato foi facilitado porque a mulher havia ingerido vinho e ficou tonta, sem forças para resistir.
“Airton Freire ficou totalmente sem roupa e passou a se masturbar, dizendo ao seu parceiro na prática abusiva, Landelino Rodrigues, ‘acalme ela, que está muito nervosa, e faça o que tem de ser feito’, seguindo-se ainda supostas técnicas de hipnose”, detalha o MPPE no documento.
Landelino também é acusado de ter tapado a boca da vítima para que ela não gritasse, enquanto consumava a conjunção carnal sem preservativo, com a mulher chorando. Ele ainda teria feitos ameaças, caso o crime fosse denunciado.
Da redação do Blog do Chico Gomes